quarta-feira, 30 de abril de 2008

Blues beneficente

Recado do nosso amigo Tilson:

VEM AÍ A MAIOR JAM SESSION DO ANO! NOMES CONSAGRADOS DO BLUES & ROCK DE SÃO PAULO, TODOS REUNIDOS EM UM SÓ SHOW BENEFICENTE. A ARRECADAÇÃO SERÁ REVERTIDA PARA A CASA "AMOR AO PRÓXIMO", QUE CUIDA DE MAIS DE 150 CRIANÇAS CARENTES.

QUINTA FEIRA, DIA 5 DE JUNHO, KROCFEST NO PADDY´S PUB! ( www.paddyspub.com.br)

IMPERDÍVEL!

ENTRADA: 3 KILOS DE ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS ( NO MÍNIMO ).

NOMES CONFIRMADOS:
- André Youssef: teclados
- Paulinho Sorriso: bateria
- Fábio Pagotto: baixo
- Melk Rocha: gaita
- André Christovam: guitarra/vocal
- Amleto Barboni: guitarra
- Robson Fernandes: gaita/vocal
- Marcos Ottaviano: guitarra
- Vasco Faé: vocal/guitarra/gaita
- Igor Prado: guitarra/vocal
- Paulo Meyer: vocal/gaita
- Dadá Cyrino: vocal
- Bruno Sant'anna: vocal
- Everson Mira: baixo
- Claudio Camargo: guitarra
- Norba Zamboni: guitarra
- Ed Blues: vocal
- Baby Labarba: gaita/vocal
- Adriano Grineberg: teclados
- Lincoln Mugarte: guitarra
- Rui Bueno: vocal

ENTRE OUTROS...

APRESENTAÇÃO: RICARDO CÔRTE REAL

E tem outros blogs falando de rádio

Leia o que o jornalista Ricardo Soares da TV Brasil, TV Cultura de São Paulo e da Sesc TV, falou um dia desses sobre o rádio.

Mestre?
Do blog Todo Proza

Hábito vindo desde a infância eu quase não consigo ficar só em casa e no carro sem estar com o rádio ligado. Levando em conta que o trânsito em são Paulo é caos total deduz-se que ouço rádio um bocado. Emissoras muitas mas,inexplicavelmente,(deve ser o inconsciente)a rádio Jovem Pan Am de São Paulo que é assaz conservadora - para dizer o mínimo - embora possua alto teor informativo. Pois ali sempre ouço os limitadérrimos comentaristas esportivos da emissora chamarem o jornalista Cláudio Carsugui de "mestre".

Mas mestre por quê ? por ter mais de 70 anos e ainda estar em saudável atividade? Ou mestre por ter passado a vida falando de carro e futebol e incentivando o consumo desmesurado? Com todo o respeito que ele merece acho que o termo "mestre" deveria ser melhor aplicado no Brasil pois senão vão começar a dar o epíteto a qualquer jornalista da ativa que passe dos 70 como o execrável Salomão Schwartzman que saiu fazendo alarido do programa tosco que comandava na rádio Cultura FM. Não há nem comparação entre Salomão e Carsugui mas "mestre" é pra gente como Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, Luis da Câmara Cascudo, Sérgio Buarque de Hollanda e outros poucos né mesmo? E desde quando idade confere respeitabilidade?

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É bom saber que colegas de outros veículos estão atentos ao Rádio. E o melhor de tudo, dando sua opinião.

terça-feira, 29 de abril de 2008

O futuro somos nós

Conheça o jornal do futuro

Qual o tempo de vida de um meio de comunicação? Os clássicos jornais impressos têm 200 anos de história e, como a velhice um dia perturba, experimentam, aos poucos, a decadência frente outras mídias. Em sua maioria, as novas gerações pouco os procuram, como comprovam pesquisas. Jovens preferem provar o virtual e eletrônico frente à tinta no papel, panorama que contribui para a queda mundial na circulação dos periódicos, há anos. Sendo assim, quanto tempo ainda têm de vida? Embora a pergunta seja enigmática, há quem arrisque. E o palpite vem de quem escreve para o próprio meio: "o jornal impresso ainda tem uma sobrevida de 20 ou 30 anos", diz jornalista Ethevaldo Siqueira, do jornal "O Estado de S.Paulo".

A conclusão não foi ao acaso. Deu-se em conversa com outros jornalistas experientes e especializados em informação na era digital, durante o NAB Show, em Las Vegas. O motivo, segundo aponta o texto, é a incapacidade do jornal em competir com a rapidez do rádio, TV e internet. Tornaria-se redundante, portanto. Segundo escreve Ethevaldo, o grupo imagina ser possível que, em 2015, boa parte dos jornais já tenha migrado para a Internet.

Até 2030, a expectativa é que o impresso mude seu papel na mídia, antes de desaparecer. Não será necessariamente um meio de massa, mas poderá ser consumido por segmentos especializados. Apesar do contexto, o jornalista lembra que não será a Internet responsável pela morte do jornal, "embora deva impor-lhe reformulações profundas".

O jornal em 2020 - As mudanças apontadas tomam por base o espelho da Web. A principal delas é passar de produto físico a virtual, de acordo com o jornalista. Até a publicidade foi listada. A previsão é de que os anúncios saiam da tradicionalidade e assemelhem-se mais com os modelos de pagamento sob visualização dos leitores, ou seja, links patrocinados. Mobilidade e colaboração entre leitor e jornalistas, ao estilo Wikipedia, também foram listados. Do ponto de vista do conteúdo, a dica é evoluir do foco predominantemente noticioso e partir para análises mais complexas. (Redação Adnews)

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Ainda hoje estava contando a minha tia-caçula, Izabel Cristina, mestranda em sociologia e cultura na Universidade Federal da Paraíba, e ao Fábio Rubira, grande jornalista-agitador cultural da Rádio USP FM, que, quando começamos este mal-traçado blog, a parte reacionária da mídia impressa - sobretudo a revista Veja e o jornal Diário de São Paulo - fez uma espécie de campanha "difamatória" contra esta nova mídia, alegando em suas reportagens que o blog nada mais era do que "a versão virtual dos diários que meninas pré-adolescentes costumam escrever contando sobre sua vida". De fato, o blog era um pouco isso também. Os primeiros a ficarem famosos foram justo aqueles que contavam o dia-a-dia de seus proprietários. No entanto, um grupo de jornalistas - como Marcelo Tas, Cora Ronai, Rosana Hermmann e muitos outros - dentre os quais humildemente nos incluímos, enxergou mais longe do que o preconceito da grande imprensa e de alguns sites concorrentes nossos. De fato, esta campanha um tanto quanto fascista atrapalhou um pouco a seriedade do nosso trabalho.

O castigo veio a cavalo para os grandes "detendores do meios de informação". A revista Veja, por exemplo, foi a primeira a sucumbir e colocou os seus principais articulistas escrevendo blogs em seu site. Hoje em dia, a maioria dos blogs existentes são tocados por jornalistas ou por pessoas que conhecem profundamente um determinado assunto. O blog, para desespero dos "fascistas" de outrora se profissionalizou, muito embora a grande maioria dos blogueiros, como nós, por exemplo, não ganhe um centavo para escrever nestes "dários". E os que ganham, em sua maioria, estão nos blogs destes mesmos "senhores da verdade". Ou seja, de uma maneira ou de outra, a conta da arrogência saiu cara para eles.

O texto acima é altamente preciso. Se o jornal quiser sobreviver vai ter de se juntar a nós, blogueiros, orkuteiros, podcasters, e toda essa fauna de operadores de informação que existe na web. O rádio, para variar, foi mais rápido e, involuntariamente ou não, se associou à internet e está mais vivo e falando pra mais gente ao redor do planeta. A Tv não chega à tanto, mas já começa a dar seus passos em diração à convergência. A grande mídia impressa ainda reluta um pouco, mas, mais cedo ou mais tarde, vai ter de curvar ou abrir as pernas - aí vai do gosto do internauta leitor, e abrir gratuitamente seu conteúdo impresso para os internautas, sob pena de não ser lido por ninguém. Vão ter de criar novas formas de ganhar dinheiro com seu conteúdo digital. E vão precisar de bom conteúdo porque a "concorrência" na rede mundial de computadores vai continuar enorme em termos de bons textos, se depender de nós, leitores e blogueiros. (Marcos Ribeiro)

Público ivai construir 9ª edição do Skol Beats

O Skol Beats 2008 será o primeiro festival de música co-criado pelo público: por meio de interatividade a marca colocará a construção do festival nas mãos dos consumidores que escolherão as atrações, local e formato do evento. Com um histórico de oito edições de sucesso e responsável por colocar o Brasil na cena eletrônica mundial, o Skol Beats inova mais uma vez trazendo o conceito de co-criação para o Festival. E como toda construção de um grande evento, a formação do festival será realizada em etapas, com total interatividade dos apaixonados por música.

“O Skol Beats é um evento mutável que não se prende a uma única possibilidade. Por isso, vamos apresentar ao público um novo formato que mostra a busca pela inovação, marca registrada de Skol. Construiremos o festival junto com o nosso público que já está preparado depois de oito edições bem-sucedidas”, declara Marcel Marcondes, gerente de marketing da Skol.

“Este ano, idealizamos o Skol Beats de maneira a trazer uma inovação e perenidade total no seu formato. O principal festival de música eletrônica será pioneiro em incorporar os valores e o comportamento latente na vida do jovem e fornecerá as ferramentas para que seu público ajude a construí-lo” declara Bazinho Ferraz, presidente da B/Ferraz Full Promotion.

Mais informações no site: http://www.skolbeats.com.br

Corre que ainda dá tempo: Kajuru no Pânico

O grande mestre do jornalismo Jorge Kajuru está neste momento dando entrevista no Pânico. http://www.paniconainterne.com.br

Um cachorro late durante a transmissão

Aconteceu durante Ponte x Palmeiras, jogo de ida das finais do Paulistão-08, no segundo tempo. José Silvério, da Rádio Bandeirantes, narrava tranquilamente a partida quando um cachorro começa a latir no som ambiente. Ele esperou o lance terminar para perguntar ao repórter Leandro Quessada se tinha alguém latindo por lá. Tanto ele como o Mauro Beting disseram que ouviram também. Aí ele resolve perguntar se era do lado do Alexandre Pratzel, o outro repórter da jornada. Acompanhe tudo no vídeo abaixo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Paulo Barboza volta das férias

Paulo Barboza, um dos campeões de audiência do rádio AM de São Paulo, já está de volta aos microfones da Rádio Capital, em que apresenta diariamente, das 8 às 11 horas da manhã, o programa que leva seu nome. Fanático pelo trabalho e sempre assediado pelos fãs, Paulo não conseguia tirar férias nos últimos anos, mas, desta vez, acabou pedindo uma trégua para a emissora: tratou de ir para Nova York com sua esposa, Eliane, para uma segunda lua-de-mel. “Ela prefere Paris, mas eu gosto mesmo é de Nova York, onde tudo acontece”, diz Paulo Barboza, comunicador carioca que faz sucesso em São Paulo há mais de 20 anos.

O programa de Paulo é uma conversa com o ouvinte, daí a razão do sucesso. Com carisma, ele responde, às perguntas de quem entra em contato com a produção. Um quadro muito aplaudido é “Varinha Mágica”, no qual Paulo tenta realizar o sonho impossível de uma ou outra ouvinte. O Padre Juarez de Castro, com a palavra de fé, valoriza o programa, assim como o Departamento de Jornalismo. Já com o fofoqueiro Nelson Rubens, momentos de alegria. E Paulo Barboza Filho, que segue os passos do pai, entra com informações pela solução de problemas relatados pelos ouvintes. Aliás, durante as férias do comunicador, cube ao filho substituí-lo. E muito bem.

A Rádio Capital tendo como coordenador de jornalismo Luiz Carlos Ramos pode ser sintonizada em 1040 kHz AM ou, pela internet, no site www.radiocapital.am.br

domingo, 27 de abril de 2008

Mais uma crônica de Haisen Abaki

O gato e o galo

Publicado pela 1a vez em 02/04/2008 08:00:00
- Acorda menino, o gato do rádio já está dizendo miaaaaaau!

Eu resmungava pedindo mais tempo e logo vinham as irritantes cócegas.

Era o ano de 1973 e, aos 9 anos, eu não entendia porque precisava acordar cedo se estudava à tarde. Meu pai tinha resposta para tudo:

- Acordar cedo é bom para a saúde, vagabundinho.

Eu tomava café quase dormindo e ouvindo aquele sujeito agitado e de voz grave. Às vezes, quando o tal gato miava, eu era cutucado com mais cócegas e ficava ainda mais irritado. Começava aí minha relação de ódio com o homem do gato.

A coisa piorou em 1975, quando passei a estudar de manhã, já na quinta série.

- Acorda, vagabundinho. Olha a aula, miaaaaaaaaaau!

Esse era meu pai, mas ao fundo, diretamente da cozinha, o homem do gato completava aquele dueto involuntário.

Um dia eu não aguentei aquilo:

- Eu quero um cachorro, eu quero um cachorro!

Nunca fui atendido.

A caminho da escola, na Brasília verde, lá estava o homem do gato, onipresente, a me atormentar.

Meu pai "conversava" com ele, concordava com tudo o que era dito no rádio e ainda achava graça.

Um dia, comecei a prestar mais atenção nele. Percebi que tinha até nome: José Paulo de Andrade. Aos poucos, com aquela rotina diária, as coisas que ele dizia passaram a ser tema de conversa a caminho da escola. Começava aí minha relação de amor com o homem do gato.

Um dia, fiz o pedido:

- Eu quero um gato, eu quero um gato!

Fui atendido, mas era uma gata, que logo nos deu seis filhotes.

As lembranças vieram no fim da tarde de ontem, 1o de abril, depois de o celular tocar.

Era a Thays Freitas, editora-executiva da Rádio Bandeirantes, pedindo a minha participação, com um depoimento, no aniversário de 35 anos de "O Pulo do Gato", nesta quarta, 02 de abril. Foi tudo armado para uma grande e merecida surpresa, no ar, durante o programa. Desliguei o telefone e fiquei irrequieto, em pensamento:

- Tenho tanta coisa pra dizer, mas o que dizer?

O fato é que o homem do gato está entre os que tiveram influência na minha escolha profissional. Ele foi tão importante que um dia tive medo de me decepcionar com ele.

Em 1998, quando o então diretor de Jornalismo Marcelo Parada me chamou para trabalhar na Bandeirantes, logo pensei como seria o meu encontro com o homem do gato.

O primeiro contato não foi pessoal, mas pelo rádio. Fui direto para o helicóptero e, ao me chamar para a primeira informação de trânsito, me deu as boas-vindas. Foi como se tivesse recebido dele uma bola açucarada pra fazer um gol.

Depois, quando finalmente nos encontramos, apertou a minha mão e sorridente me deu um tapinha nas costas. Como se não bastasse, disse que acompanhava o meu trabalho e que era meu fã. Respondi de pronto:

- Desculpe, Zé, mas essa fala é minha!

Meu pai quis saber como tinha sido o encontro e ficou feliz e orgulhoso com o relato.

Nesses dez anos de convivência, o homem do gato sempre me tratou como se tivesse conhecido aquele menino reclamão de nove anos. É um grande incentivador, um conselheiro e já me premiou com várias oportunidades de substituí-lo (a palavra não é a mais correta, mas não achei outra) e até de dividir o microfone com ele. Passei minha admiração adiante e minha filha, hoje coincidentemente aos nove anos, já acha o gato "um fofinho", como ela diz.

E assim termina essa pequena história da vida real, sobre o gato e o galo. Opa! Não expliquei nada sobre o galo. É que o garoto que era acordado por aquele irritante gato, por motivos profissionais, passou a despertar ainda mais cedo, antes do galo. Meu pai e o homem do gato prepararam o "vagabundinho" para isso.

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Você sabia que São Paulo é uma cidade tão esquisita que o barelho que acorda as pessoas de manhã é o miado do gato no rádio e não o canto do galo, como é normal no resto do planeta?

Pensando bem, onde a gente vai achar um galo numa cidade como essa, tem de ser um gato mesmo, né?

Outra Versão #32

Mais uma sessão de versões nacionais, com direito a um clássico da soul music:

Karnak – Eu só Quero um Xodó
Fernanda Porto – Roda Viva
Hyldon – As Dores do Mundo
Até o próximo podcast...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Radialista acusa prefeito por tentativa de homicídio

Publicado em 25.04.2008, às 12h17, no endereço http://jc.uol.com.br/2008/04/25/not_167108.php .

Do JC OnLine
Com informações da Rádio Jornal

O radialista Dênis Araújo, editor da Revista Fatos, denuncia que foi vítima de tentativa de homicídio por parte do prefeito de Carpina, Manuel Botafogo (PSDB), na manhã desta sexta-feira (25). Dênis contou que fazia uma reportagem em frente à sede da administração municipal quando foi perseguido pelo prefeito, armado com um facão.

De acordo com Dênis, a confusão começou quando ele e outros repórteres entrevistavam integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) que reivindicavam a entrega de casas prometidas por Manuel Botafogo. "De repente o prefeito desceu do carro com um facão, correndo para me matar. Precisei correr cerca de 200 metros para não morrer e fui salvo por um moto-taxista que passava pelo local", contou o radialista.

Dênis Araújo foi levado pelo moto-taxista até a Delegacia de Carpina, onde prestará queixa contra o prefeito. De acordo com a polícia, cerca de cem pessoas estão concentradas em frente à delegacia em apoio ao radialista.

O prefeito Manuel Botafogo ainda não foi localizado. Na prefeitura de Carpina, ninguém está autorizado a dar informações.

Jorge Kajuru de volta à Goiânia

O jornalista Jorge Kajuru esteve de passagem em Goiânia para lançar seu livro "Condenado a Falar". Ele concedeu entrevista à Rádio AM 730, que já foi de sua propriedade, a Rádio K do Brasil. No início, ele até estava numa fase "paz e amor", mas não deixou de falar de companheiros como Fernando Vanucci e Luciana Gimenez, de patrões, como Silvio Santos, da cantora Gretchen, do parceiro José Luis Datena, de amigos como o político Ronaldo Caiado e da apresentadora Adriane Galisteu e de personalidades do rádio goiano. Se eu não entendi errado, Kajuru diz também que está namorando a Mulher Samambaia. A primeira parte você pode ouvir (e ver) abaixo.



Parte 2



Parte 3



Parte 4



Parte 5 e final

O rádio na TV

Hoje a Folha de S. Paulo traz uma matéria sobre um dos programas ganhadores do prêmio APCA 2007, o Fim de Expediente.

O texto é de Laura Mattos:

Silvio Santos quer levar Dan Stulbach para o SBT

Silvio Santos ligou seu rádio na CBN em uma sexta-feira, entre 19h e 20h, e gostou do que ouviu. No ar, estavam o ator Dan Stulbach e dois amigos de longa data no comando do programa "Fim de Expediente", que completa dois anos.

"O SBT me convidou para apresentar um programa aos domingos, entre o Silvio e o Gugu, para concorrer com o futebol da Globo. Negociaria com o Silvio em seu camarim", conta Dan, enquanto os companheiros de rádio não contêm a gargalhada. "Eu o aconselhei a não topar", diz, rindo, o escritor e músico José Godoy, o Zé, 37, do trio do "Fim de Expediente".

"Resolvi aceitar o conselho, até para não virar o telefonista mais bem pago do Brasil", brinca Dan, 38, em referência a uma frase de Adriane Galisteu, insatisfeita com as ordens de Silvio Santos para passar boa parte de seu programa do SBT ao telefone com telespectadores.

Esse clima de piada entre Zé, Dan e o economista Luiz Gustavo Medina, o Teco, 33, é o segredo do sucesso do "Fim de Expediente", que, além dos apresentadores, recebe um convidado a cada edição.

Os três nunca haviam trabalhado em rádio, começaram o projeto quase como brincadeira e mal acreditam que estejam há dois anos no ar, com sucesso.

Fora a proposta de Silvio Santos, há convites que levam a sério. Dan foi sondado pela Globosat (programadora de canais pagos da Globo) a transformar o "Fim de Expediente" em programa de TV, para o GNT, Multishow ou SporTV. "Talvez a gente vá para a TV, vamos estudar, mas não acho que isso represente uma evolução, e sim um passo diferente", diz Dan.

"Acho que seria um desafio interessante fazer algo diferente na TV, onde tudo é muito igual", anima-se Zé.

Paulo Autran

Ao longo desses dois anos, o "Fim de Expediente" cresceu no rádio. Fora a atração semanal, desde 2007, os apresentadores se revezam em um breve comentário diário, ao vivo, às 19h15, na CBN. Além disso, o programa passou a ter a edição da última sexta-feira de cada mês transmitida direto de um auditório com platéia.

"Fim de Expediente" vai ao ar todas às sextas na CBN São Paulo, que está livre, por liminar, da "Voz do Brasil", e, aos feriados, em todo o país.

Hoje, para comemorar o segundo aniversário, a transmissão será do teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, com uma platéia de mil ouvintes, que se inscreveram por meio do site. Os convidados serão o apresentador Serginho Groisman, o músico André Abujamra e a cantora Roberta Sá.

"É significativo que seja nesse teatro. Quando pensei em fazer o programa, falei com Paulo Autran, que não achou boa idéia. Disse que um ator não deve expor sua opinião, que isso tira o mistério e prejudica personagens. Tinha razão, mas para outra época. Hoje, revistas de celebridade acabam com o mistério. E, já que minha imagem será exposta, é melhor eu ter uma atitude voluntária nesse caminho", analisa Dan.

O ator combinou com os amigos que todos deveriam ser sempre transparentes no ar e dar opiniões sinceras. Isso deixou Teco, fã de cinema comercial, bem aliviado. "No começo, fiquei preocupado. Será que podia dizer que gosto da Demi Moore?", conta o economista.

"Teve o dia em que o Teco falou que, se fosse em um show do João Gilberto, iria dormir o tempo todo!", lembra Zé, da turma dos filmes de arte.

"Isso é bom, porque mais ouvintes se sentem representados", diz Dan, o mediador, que atua nos dois tipos de cinema.
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É só um programa de rádio se destacar que a TV já cresce o olho, estamos acostumado.

Mas, sinceramente, não gostaria que a atração fosse para a TV. Ou então, se fosse, não acabassem com a versão rádio.

domingo, 20 de abril de 2008

Rádio Base na Rádio USP

Marcos Ribeiro, um dos editores deste Rádio Base, concedeu entrevista o programa Aúdio Papo, da Rádio USP FM, comandado por Fabio Rubira. Marcão falou sobre blogs e ainda escolheu uma música no final do papo. Confira no vídeo abaixo.


Outra Versão #31

Hoje, só músicas nacionais, com direito a um forróck:.

Elis Regina – Carinhoso
Labra vs. Arena – Brasileirinho
Raul Seixas – Blue Moon of Kentucky/Asa Branca

Até a próxima...




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Já que o assunto é merchan...

Juca Kfouri escorregou e acabou falando, na CBN, a marca do bombom que acabara de ganhar:

sábado, 19 de abril de 2008

Quando o futebol atrapalha o merchan

O vídeo já diz tudo...

O Artur é que entendia mesmo das coisas

Caro Rodney, depois de ver que o grande Artur da Távola escrever há 33 anos o que a gente fala aqui quase todo o santo dia, cheguei a um diagnóstico óbvio:

O problema é que publicitário não entende porra nenhuma de rádio. Se entendesse, não haveria tantas "rádios-palanques" nem "rádios-altares". Se entendessem de rádio, a Fluminense seria a emissora no segmento jovem mais influente do país. Ela seria a nossa Radio One tupiniquim.

Se eles entendessem alguma coisa de rádio, a FM 97 não teria saído de Santo André, se mudado para a capital e virado uma rádio dance. Se eles entendessem alguma coisa de rádio, este nobre veículo não ficaria apenas com 6% do bolo do mercado publicitário - esta cota seria no mínimo de 15%.

Se eles entendessem alguma coisa de rádio, eles diriam aos anunciantes a investir mais em rádio porque é uma mídia superbarata e o retorno seria imediato e preciso. Como isso não lhes interessam, preferem programar 3 ou 4 emissoras de maior audiência para eles (agências) faturarem mais, sem dar a certeza de que a mensagem vai chegar a quem realmente precisa.

Se publicitário entendesse de rádio, não ficaria insinuando por aí que anunciar em rádio é "perigoso" porque nem todas as emissoras cumprem o que é combinado em termos de veiculações. De fato, é verdade, porém, só as que tem azar de ter um dono ou departamento comercial desonesto fazem isso. A grande maioria das emissoras sérias são honestas.

Se publicitário entendesse de rádio, ele não seria um mero agente publicitário, seria muito mais do que isso, seria aquele parceiro que apostaria nas boas idéias de quem faz o veículo com amor e inteligência. Ele convenceria o seu cliente do quanto é bom anunciar num programa de qualidade, mesmo que ele tenha uma audiência baixa, porém seleta, ou um alcance regional restrito, porém expressivo.

Se publicitário entendesse de rádio, ele compreenderia que é importante começar a apostar na aliança rádio+internet. E que isso é interessante para o seu cliente.

Se publicitário entendesse de rádio, ele simplesmente ouviria rádio, coisa que eu duvido que eles façam, pelo menos não com os ouvidos conectados ao cérebro. Do contrário, não apoiariam verdadeiros lixões que estão no ar e dariam um pouquinho mais de apoio a quem realmente tem talento, tem compromisso com o bom entretenimento e com a informação.

Se publicitário entendesse alguma merda de rádio, teria lido este artigo do Artur da Távola e teria seguido seu sábio conselho. Mas não, preferiu esperar que virasse moda lá fora para agir igual ou pior. Ô coisa medíocre que é o cérebro do publicitário brasileiro!!!!

Muito obrigado pela beiradinha no seu post.

Quer trabalhar no Japão?

Não, não estou reproduzindo nenhum anúncio de jornal.

É que está (agora definitivamente) no ar a Rádio Deka. Iniciativa da empreiteira Shitake, que há 19 anos leva brasileiros para trabalhar no Japão, a rádio tem a direção artística de Ricardo Sam. Locutor da Rede Transamérica Pop desde 1997, foi o diretor também da Fenix, rádio sediada no Japão que contava com um estúdio em São Paulo.

A Rádio Deka, na sua programação musical, une a música brasileira com o J-Pop, a música pop japonesa, e tem como base os playlists das FMs dos dois países. O ponto forte da rádio será o anúncio das vagas de empregos para brasileiros no Japão.

Geração copy and paste


Alguém que escreve para o site Skol Beats é bem chegado num "copy and paste". No último dia 10 de abril, saiu um texto sobre os blogs musicais que eles consideram como mais relevantes. O redator que fez o texto de abertura usou (com pequenas alterações) o primeiro parágrafo de um texto que eu escrevi há dois anos para o Observatório da Imprensa.

Ao lado está a reprodução em JPG do que saiu no Skol Beats. Os trechos copiados estão indicados. No final deste post está a reprodução da parte do meu texto que foi utilizada. Basta clicar nas imagens para uma melhor vizualização.

O Observatório da Imprensa diz o seguinte nos seus Termos de Uso: "É permitida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia dos editores, com a condição de ser mencionada a fonte – Observatório da Imprensa –, o endereço www.observatoriodaimprensa.com.br e, quando for o caso, a fonte mencionada pelo OI. Não pode haver distorção dos textos, mediante truncamento de frases ou parágrafos, ou deslocamento indevido de contexto. Todos os direitos reservados e protegidos nos termos da lei".

No texto publicado pelo Skol Beats não há qualquer indicação de fonte. Provavelmente, houve preguiça ou falta de inspiração na hora de redigir. Daí, se recorreu ao "copy and paste".

Procurei no site Skol Beats o nome e o contato de algum jornalista responsável. Não consegui encontrar. Pedi a ajuda de outras pessoas para conseguir essas informações. Pretendo informar o que aconteceu e estudar uma maneira de resolver esse incidente.

UPDATE (19.04 - 15h24) Faltaram os links para as matérias. A do site Skol Beats pode ser lida aqui. E a do Observatório da Imprensa está aqui.



(UPDATE - 22.04 - 22h30) Caso encerrado.

Falei nesta terça-feira com a diretora de redação do site Skol Beats. Ela me pediu desculpas pelo ocorrido e disse que iria retirar o texto do ar, o que aconteceu pouco depois.

Na conversa, soube que o autor do texto foi um profissional contratado para cobir férias na edição do site. Em um e-mail posterior, fui informado de que ele foi devidamente posicionado sobre como seu ato compromete a imagem das empresas envolvidas. Aceitei as desculpas e achei que as providências foram adequadas.

Soube que alguns dos blogs citados na reportagem (vale lembrar que era uma lista de blogs musicais relevantes) reproduziram o texto na íntegra. Estou entrando em contato com seus autores e informando tudo que aconteceu, na esperança de que eles façam os devidos ajustes.

Devo dizer que a postura da empresa que faz o site, na figura de sua diretora de redação, foi a melhor possível. Ela tratou o assunto com boa vontade, profissionalismo e rapidez.

Agradeço de público (mas sem citar nomes) a ajuda de algumas das pessoas que eu acionei durante esse feriado prolongado para descobrir os contatos do site. Pelo menos quatro delas foram fundamentais para eu conseguir a informação.

A única coisa que eu achei um tanto estranha foi o silêncio de alguns dos blogueiros que estão na tal lista. Procurei por eles no intuito de informar o ocorrido e de também tentar saber com eles quem é que fazia o site Skol Beats. Até agora não obtive resposta. Tomara que não seja um silêncio cúmplice.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Artur da Távola analisa a audìência do rádio carioca em 1974

COMO ANDA O RÁDIO NA GB E ARREDORES

Nas mãos, os dados de novembro sobre as preferenciais cariocas em relação ao rádio. Algo também sobre São Paulo. Os dados são do Ibope. Atenção: é pesquisa de audiência domiciliar.

- A Rádio Globo continua na dianteira. Subiu em novembro, voltando a atingir seu pique de agosto.

- A Rádio Tupi voltou a ocupar o segundo lugar que a Mundial dela tirara em outubro. No momento as duas brigam por décimos de pontos de audiência.

- A audiência geral de rádio subiu em novembro. A proporção de rádios domiciliares ligados na GB (de 7h30m até às 19 horas) é de 41.93% contra 58.0% desligados.

- Eis a ordem das emissoras por audiência, da mais ouvida a menos: Globo, Tupi, Mundial, Tamoio, Nacional, Mauá, Eldorado, Jornal do Brasil, Carioca e Relógio (empatadas), Continental, Rio de Janeiro, MEC e Guanabara (empatadas), Federal e Vera Cruz (empatadas).

- Nesta ordem, há uma observação interessante: a audiência das quatro primeiras é muito distanciada das que se seguem. Assim, Globo, Tupi, Mundial e Tamoio têm, proporcionalmente, muito mais audiência que as demais.

- Vejam só, A Globo tem 7.08%, a Tupi 5,29%, a Mundial 5.08% e a Tamoio 4.34%. A que vem em quinto lugar, a Nacional, alcança 1.97%. Daí para baixo, todas as demais emissoras estão na casa de 1 ponto, variando, apenas, os décimos.

- Mas ao mesmo tempo em que a diferença é muito grande, no rádio não ocorre um fenômeno igual ao da televisão (por ser grande o número de emissoras radiofônicas). Na televisão, a Globo leva mais, 50% da audiência (maioria absoluta), o que quer dizer que, as demais emissoras de tevê somadas não lhe alcançam, Já no rádio, apesar da diferença entro uma Globo ou uma Tupi ser muito grande das demais, estas, juntas, somando os pontos obtidos rádio por rádio, alcançam um total maior que o de cada uma das lideres isoladamente.

- Este resultado prova uma velha tese do mestre aqui: a de que ao rádio vai ficar deferido na história dos média eletrônicos, à comunicação com os micropúblicos. No dia em que os empresários de rádios menores descobrirem como se comunicar e como abastecer os micropúblicos (espécie de ilhas emotivo-culturais-grupais-raciais-etárias), suas emissoras passarão a ter mais importância, até como mercado, independentemente da quantidade de audiência.

- Caros curiosos: um deles é o da Rádio Federal. Ela tem estúdios e transmisssores em Niterói. Não chega bem a todas as zonas da Guanabara, o que, em termos gerais, lhe dá o décimo terceiro lugar. Mas nas zonas onde entra bem (Niterói São Gonçalo, Meriti, Alcântara, e Nova Iguaçu) ela é a quinta colocada entre as dezesseis emissoras cujas ondas lá chegam.

- Esta setorização de programações, segundo zonas do Grande Rio, vem sendo um bom caminho de mercado para uma publicidade que, embora não venha pelas grandes agências, tem a mesma importância para o pequeno comércio, diversões, turismo etc. que a grande publicidade tem para os grandes veículos. Se eu fosse, aliás, manda-chuva na área publicitária, mandaria fazer uma bela pesquisa, sobre os micropúblicos da área do Grande Rio e para eles adequaria, também, material publicitário tão esmerado como o elaborado para o macropúblico. Fica a sugestão.

- Para finalizar, os dados das rádios de São Paulo, na ordem das mais para as menor, ouvidas: Nacional (Sistema Globo), Tupi (Associadas) Bandeirantes, Difusora. Record: América, Excelsior, Panamericana, Gazeta, Eldorado, Cometa, Cultura e Rádio Mulher.

- Muitas destas emissoras podem ser ouvidas, à noite em ondas médias aqui no Rio.

Jornal/Revista: O Globo
Data de Publicação: 18/12/1974
Autor/Repórter: Artur da Távola


Comentário: Pois é, não é apenas o Rádio Base que se dedica a analisar os dados do Ibope. Artur da Távola fazia isso, eventualmente, nos anos 70.
Curioso notar que já naquela época ele falava em algo que ganhou força nos anos 80 e garantiu (e garante) a sobrevivência de muitas emissoras atualemente: a segmentção.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Rádio Base vira notícia na Rádio USP

Tudo, ou quase tudo, que você gostaria de saber sobre a Rádio Base, você pode ouvir numa entrevista que nós demos ao colega Fábio Rubira, produtor e apresentador do programa Àudio Papo, da Rede USP de Rádio.

Entre no site - http://www.audiopapo.com.br

Ouça aqui.

Aquecimento pré-balada

Continuando o processo de mudança da programação da Band FM, estréia amanhã o programa Warm Up.

A atração traz duas horas de música eletrônica mixadas por DJs internacionais. Vai para o ar às sextas e sábados, 22h. Um aquecimento para a balada...

terça-feira, 15 de abril de 2008

Emissoras de rádio decidem ir à Justiça contra cobrança do Atlético-PR

do portal Bem Paraná

A Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp) decidiu, em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (14), ir à Justiça contra a cobrança do Atlético Paranaense pela transmissão de seus jogos nas rádios.

A Aerp diz que a cobrança é ilegal. Além disso, considera o valor exorbitante: R$ 15 mil por partida e R$ 486 mil o pacote com todos os 38 jogos da equipe no Campeonato Brasileiro de 2008, quando entrará em vigor a medida.

A entidade tem o apoio da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que considera "esdrúxula, absurda e ilegal" a medida adotada pelo clube de Curitiba. A Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos (Abrace) também divulgou nota de repúdio à ação do Atlético.

Nesta terça-feira, o advogado paulista Fernando Pimenta concederá entrevista coletiva para esclarecer o assunto. Segundo Luciana Pombo, diretora de comunicação do Atlético-PR, ele foi o responsável pelo embasamento jurídico da cobrança e apresentará o parecer favorável durante o encontro com os jornalistas.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Kiss FM – Novo site, novos rumos

A Rádio Kiss FM se tornou sucesso sempre tocando o melhor do rock and roll e cativa seu público, cada vez mais presente, com o melhor som e agora com novidades no mundo virtual.

Com um portal totalmente reformulado, o ouvinte deixa de ser um mero espectador. As ferramentas que a AgênciaDot. Desenvolveu, mostram, além do melhor conteúdo virtual, o formato de web 2.0 com muita participação do público.

Através dos blogs de cada locutor, vídeos de clipes e entrevistas, comunidades das bandas, do Kiss Club e enquetes, o ouvinte pode fazer parte da única rádio com programação genuína e 100% rock de São Paulo.

O ouvinte é um elemento fundamental na programação da Kiss FM. Pelo novo site haverá mais interação entre os ouvinte e com a rádio, além da troca de informações e muito entretenimento.

Kiss FM. Depois de um rock sempre vem outro rock

www.kissfm.com.br



Projeto web desenvolvido por AgênciaDot. Comunicação

www.agenciadot.com.br

Atlético-PR cobra das emissoras de rádio que queiram transmitir seus jogos

Para o Atlético Paranaense, clube que disputa a primeira divisão do campeonato brasileiro, as emissoras de rádio que queiram transmitir seus jogos deverão pagar por isso a partir de agora. O pacote está fechado em R$ 486 mil e engloba 38 partidas até o final do ano. A taxa individual por partida foi fixada em R$ 15 mil. Tal decisão sai às vesperas do Brasileirão-08.

Em entrevista à Agência Estado, Cezar Telles, presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná se disse perplexo com a quantia divulgada. "Não sei de onde tiraram esse valor", acrescenta. Uma reunião da Aerp, marcada para hoje, iria decidir qual a atitude a ser tomada. Existem duas opções: boicote ou batalha jurídica. A primeira é a que vem ganhando mais força, segundo a Folha On Line.

Procurada pelo Rádio Base, a Rádio Capital (SP), informa através de sua assessoria de imprensa que não tem condições de pagar o que o Atlético-PR está pedindo. Essa situação deve ser extensiva a outras emissoras.

No começo do ano ocorreu algo semelhante em Santa Catarina. A Associação de Clubes de Futebol Profissional daquele estado entrou numa queda de braço com as estações de rádio. Conforme publicou o Diário Catarinense à época, "(...)emissoras da Capital também não concordaram com a determinação, que prevê uma espécie de permuta: em troca do uso da cabine e acesso ao campo, as rádios devem fazer 900 inserções (por clube) durante o campeonato. Estes comerciais seriam utilizados nos intervalos das emissoras. Em reais, segundo o diretor da rádio Nereu Ramos, Evelásio Paulo Vieira, significaria um custo de R$ 40 mil. As rádios entendem que, na verdade, a Associação de Clubes quer cobrar direitos de transmissão, algo não existe em nenhum lugar do Brasil".

Em 1991, o então presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, também pensou em cobrar direitos de transmissão do campeonato paulista de futebol. Depois de muita discussão, a idéia não foi levada adiante. Recentemente, Carla Duailibi, então responsável pelos contratos de marketing do Corinthians na gestão de seu avô, Alberto Duailibi, tentou ressucitar esse assunto, mas não obteve sucesso.

Ctrl+Alt+Del na 89FM: um Radar Cultura para o público jovem?

A 89 sempre apostou em novidades, tecnologia e interatividade. Por isso, a rádio sai na frente mais uma vez e lança uma faixa horária toda feita pela audiência e sem intervalos comerciais.

Esta é a idéia do novo Ctrl+Alt+Del: fazer com que o ouvinte sinta-se único, com o poder de decidir o que quer curtir, deixando a programação com a sua cara e “deletando” tudo o que não gosta.

Serão 4 horas – das 15h às 19h, todos os sábados e domingos, a partir do dia 19/04, onde todo mundo vai poder ouvir e participar das novas atrações. Além disso, muitas notícias e curiosidades do mundo pop durante toda a programação.


15h – Upload 89: duas músicas de um mesmo artista são oferecidas. O ouvinte vota via internet na sua preferida durante 45 minutos. A mais votada vai ao ar.

16h – 89 DJs Especial: os ouvintes escolhem no site da 89 os melhores remixes. O locutor toca na hora os mais votados.

16h30 – Top Music (sábado): o melhor da parada musical européia e americana.

16h30 – Avatar 89 (domingo): entrevistas exclusivas com os artistas e personalidades.

17h – Upload 89 – 2ª edição.

17h30 – Os Manos: os personagens mais engraçados do rádio continuam na programação de final de semana da 89.

18h – iPlay: o programa totalmente interativo da 89, onde quem faz a programação (músicas, vinhetas, locutor e quadro de humor) é o ouvinte.

18h30 – O que rola no iPod: o ouvinte vai ter a chance de mostrar pra todo mundo o que tem no seu iPod e ouvir uma das músicas tocar na íntegra na 89.

Ctrl+Alt+Del. Estréia dia 19/04, na 89 FM.


Comentário: Todo investimento na interatividade é sempre bem-vindo. Será que o Radar Cultura fazendo escola?

domingo, 13 de abril de 2008

Daniel Daibem faz jam na Virada Cultural

A Virada Cultural 2008 já está movimentando os amantes das artes na cidade de São Paulo. O evento começa às 18h do dia 26 de abril e termina somente às 18h do dia 27, totalizando 24h ininterruptas de cinema, música, teatro e outras intervenções artísticas.

Nesse ano, a Virada contará com um palco chamado Canja Rock-Blues. O locutor Daniel Daibem, da Rádio Eldorado FM, estará no palco para uma canja com Tony Campello e Mano Bap (Karnak), entre outros, a partir das 21h30, na Rua Barão de Itapetininga.

Para conferir a programação completa dos palcos no centro da cidade e também dos CÉUs, acesse meu outro blog, o Futuro do Jornalismo.

Podcast Outra Versão #30 - Especial Instrumental

Edição sem vozes. Versões instrumentais:

The String Quartet - The Number Of The Beast
Apocalyptica - Enter Sandman
Beatles vs Kraftwerk (2ManyDJ's) - Eleanor Rigby/Tour de France



Click here to get your own player.

Para fazer o download e ouvir os programas anteriores, acesse http://www.outraversao.podomatic.com/.
Até...

sábado, 12 de abril de 2008

Abaixe o som da tv e aumente o som do rádio

...só o Rádio Base faz isso pra você. O grande assunto futebolístico da semana que passou foi a desclassificação do Grêmio na Copa do Brasil em pleno estádio Olímpico. E para piorar as coisas, com um gol de goleiro. Márcio, goleiro do Atlético Goianiense, fez um belo gol à Rogério Ceni. Não fosse por ele, os visitantes nem teriam a chance de disputar (e ganhar) a vaga nos pênaltis.

A tragédia da desclassificação se repetiu e o locutor escalado pela Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, foi o mesmo. Pedro Ernesto Denardin relatou o lance dessa maneira:



E a Rádio AM 730 (a ex-Rádio K do Brasil), de Goiânia, se fez presente em Porto Alegre. O narrador Alípio Nogueira fez a emoção do torcedor local. Pena que ele também está naquela turma que manda abraço para o "prefeitão" durante as narrações.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Entra no ar a Rádio Hype MixBrasil, nova web-rádio direcionada ao público GLS

A partir do dia 14 de abril entra em operação a Rádio Hype MixBrasil, resultado da junção entre a Rádio Hype e a Rádio MixBrasil. As duas web-rádios direcionadas ao público GLS concretizam uma parceria para criar uma programação forte e dinâmica, além de unir forças e talentos para colocar na internet o melhor conteúdo em rádio direcionado a esse tão exigente segmento.

Encabeçam o projeto o jornalista Andre Fischer, do portal MixBrasil, e Rafael Marinari, radialista atuante no mercado de web-rádios desde 2001 e que coordenava a Rádio Hype desde 2006.

Mesmo ainda no começo das operações, a Rádio Hype MixBrasil já tem um grande projeto pela frente: A cobertura da 12ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, considerado o maior evento gay do mundo. No dia 25 de maio, a partir de um estúdio móvel montado no lounge oficial MixBrasil, na Avenida Paulista, a Rádio Hype MixBrasil vai cobrir o evento com uma equipe de 20 profissionais, incluindo locutores, repórteres e produtores. Além do evento maior, a Rádio Hype MixBrasil estará presente também na feira cultural e será a rádio oficial da Girassol, mega festa da casa noturna paulistana The Week. Os dois eventos acontecem no fim de semana da Parada.

Vale lembrar que a emissora já tem grande destaque no portal de rádios do UOL e agora passará a ser transmitida 24h por dia, com parte da programação ao vivo.

Para ouvir a Rádio Hype MixBrasil, acesse http://radiomixbrasil.uol.com.br/.
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Esse é o release da nova Rádio Hype MixBrasil, projeto do qual eu faço parte. Serei o locutor voz-padrão e responderei, junto com a Ingrid Gonçalves, pela programação musical.

O programa Kizumba, que ajudei a fundar e que já existe na rede desde 2001, também vai de mudança para lá de mala e cuia. Amanhã (sábado) já faremos nossa primeira trasmissão dos estúdios da Rádio Hype MixBrasil a partir das 20h (horário de Brasília).

E se tudo funcionar direitinho, terá direito a vídeo: live.yahoo.com/radiohype.

Eugênio Bucci revela pressões no comando da Radiobrás

Sua gestão foi marcada pelo combate ao jornalismo chapa branca e enfrentou pressões políticas

Daniel Bramatti, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Eugênio Bucci, presidente da Radiobrás no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcou sua gestão pelo combate ao chamado jornalismo chapa-branca - promocional e bajulatório - que sempre caracterizou a comunicação estatal. Nesse processo, enfrentou pressões políticas e o que chama de "cultura ancestral" da empresa, como relata no livro Em Brasília, 19 horas.

"O hábito, independentemente do partido que ocupasse a presidência da República, era usar essa comunicação para fazer uma espécie de promoção das autoridades, era fazer propaganda das idéias dos governantes", afirma Bucci. Na entrevista a seguir, ele conta quem o apoiava no governo e fala das transformações da Radiobrás, mesmo após sua saída do cargo.

O senhor conta no livro que foi convidado pelo ministro Luiz Gushiken porque ele aparentemente teria ficado interessado no projeto de fazer um jornalismo mais voltado para o cidadão e menos para os interesses do governo. Isso foi explícito da parte do ministro ou foi mais uma percepção sua?

Sempre que conversei sobre isso com o Gushiken ele manifestou concordância com esse princípio. Eu cito no livro, inclusive, um trecho de um discurso em que ele diz que a comunicação pública não deve servir aos governantes e sim aos cidadãos.

Mas esse discurso aconteceu quando o processo na Radiobrás já era quase irreversível e estava fazendo sucesso.

É claro, foi um discurso público. Mas, durante a implantação do processo, o ministro Gushiken sempre manifestou concordância com a linha que a gente imprimia.

E da parte do presidente? O senhor relata o episódio em que ele se queixou de uma entrevista. E, quase no final do governo, houve uma manifestação de apoio claro...

Naquele episódio da entrevista eu deixo muito claro no livro que o presidente tinha recebido uma reclamação e a comentava, sem dizer de quem era. Mas ele mesmo jamais reclamou. Mais de uma vez ele comentou comigo que, se uma coisa é verdadeira, tem de ser publicada. Isso precisa ficar muito claro, porque eu só concluí o meu trabalho porque tive efetivamente apoio do presidente. Tive respaldo para fazer o que fiz.


A leitura do livro dá a entender que muito deste respaldo tem a ver com o sucesso do programa Café com o presidente.

Quando consideramos o tema da comunicação pública, é preciso ver de onde partimos e aonde chegamos. O hábito, independentemente do partido que ocupasse a Presidência da República, era usar essa comunicação para fazer uma espécie de promoção das autoridades, era fazer propaganda das idéias dos governantes. Esse hábito atravessa as administrações de governo desde a ditadura, pelo menos.

Se olharmos no entorno, nos Estados, várias das instituições chamadas de públicas padecem de uma proximidade excessiva com os governos. E muitas vezes são usadas abertamente para fins de defesa da versão que o governo quer dar sobre um fato ou outro.

O movimento que a Radiobrás fez com minha gestão foi sair desse universo e chegar a outro ponto, em que se começou a discutir para valer a abertura de um sistema de comunicação pública mesmo, com independência. Nesse percurso, nós fizemos o Café com o presidente. É um programa que só pode ser compreendido pelo signo da ambigüidade. Em relação ao passado, ele é um avanço claríssimo.

Os programas de rádio de Sarney e Fernando Henrique Cardoso eram um monólogo, e os temas eram temas pouco jornalísticos. Com o Lula, os temas passam a ser bastante jornalísticos. O Lula responde a perguntas que um apresentador leva para ele, e, muitas vezes, são perguntas de alta temperatura jornalística. Então é um avanço. Mas ainda continua um programa, no limite, sob controle do presidente. Nesse sentido, é menos jornalístico do que deveria ser.

O fato de o programa ter dado certo trouxe prestígio à Radiobrás, mas, de novo, esse prestígio só pode ser entendido sob o signo da ambigüidade. Ele tem prestígio junto às redações jornalísticas do país, porque gera notícias. E tinha prestígio junto a assessores do presidente. Eles ficavam contentes porque o presidente aparecia de uma forma favorável. Esta ambigüidade eu faço questão de mostrar, porque ela sintetiza uma situação da chamada comunicação pública hoje no Brasil. Não acho que o apoio à Radiobrás se deva ao Café com o presidente, mas é uma das realizações de minha gestão, e isso pode e deve ter contribuído para que houvesse uma avaliação positiva da empresa no governo.


Como está a Radiobrás hoje? Seu projeto parou, avançou ou houve retrocesso?

Acho que houve avanços, mesmo depois de minha saída. Avanços que se devem ao despertar da opinião pública para este assunto. É a opinião pública que fiscaliza se os governos estão instrumentalizando ou não as emissoras para fins partidários. Temos um amadurecimento da mentalidade democrática.

O resgate do carrossel no rádio

por Marcelo Di Lallo
do site Papo de Bola


Domingo, última rodada da primeira fase do Paulistão 2008, quatro jogos importantes valendo classificação para as semifinais. O torcedor corintiano precisava torcer pelo seu time e, de quebra, por um tropeço da Ponte contra o Santos, ou do São Paulo, que enfrentava o Juventus. O problema é que o time de Mano Menezes não fez sua parte - perdeu para o Noroeste - e foi eliminado.

Todo este preâmbulo é necessário para explicar que os torcedores precisavam secar seus concorrentes. Ou seja, o perfil do ouvinte, ou do torcedor, mudou assim como a tecnologia, especialmente com a chegada da Internet. Atualmente cresceu muito o interesse em saber tudo o que está acontecendo numa rodada, em outros Estaduais e no futebol internacional. Não há mais aquele radicalismo de querer ouvir somente o que rola no seu time de coração. Até na audiência houve um fato significativo. A transmissão das partidas aos domingo pela TV aberta fez com que o “dia do rádio” migrasse para o sábado, ou quando não houver a concorrência das imagens.

E nada mais justo, até jornalisticamente, que fizéssemos na rádio Eldorado/ESPN, mais uma vez, o carrossel de transmissão. Este sistema de transmissões simultâneas de mais de duas partidas era corriqueiro nas décadas de 60 e 70, aqui em São Paulo. Em outros Estados, cujas cidades tem dois times grandes, tem a denominação de "duplex", porém com apenas duas partidas simultâneas.

Domingo estivemos em Bauru, Vila Belmiro, Morumbi e Barueri. Fizemos um rodízio encabeçado no jogo entre Noroeste e Corinthians. Isto sem contar o plantão esportivo, onde tive que ficar atento às demais seis outras partidas, informando a todo o momento os classificados e rebaixados. É sempre uma experiência marcante e gratificante. Desde o ano passado resgatamos o carrossel de transmissão, especialmente na última rodada do Brasileirão, quando falamos simultaneamente de 8 estádios. Foi histórico, sem dúvidas. Mesmo num domingo. Mesmo com a concorrência da TV, porque o dinamismo e o charme do rádio continuam imbatíveis.

Logo após nossa transmissão, voltando pra casa, já sentia a boa repercussão do nosso trabalho. Fiquei muito feliz em saber que as demais emissoras aqui da Capital paulista também utilizaram o carrossel. Sinal que nossa equipe Eldorado/ESPN, apesar de caçula, prestes a completar seu primeiro aniversário, já é uma referência positiva no rádio esportivo paulista. Estamos muito orgulhosos.


Comentário: Leia um pouco mais sobre o carrossel aqui

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Rádio Base lê blogs

Retirado do blog do Michel Laub: http://michellaub.wordpress.com/

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Dada a catástrofe do trânsito e a preguiça em gravar CDs novos, tenho dedicado algumas horas do dia a ouvir as rádios locais, cujo perfil básico de público é o seguinte:

89.1 FM – Uma secretária que almoça no restaurante por quilo falando mal do chefe ou da vizinha ou do marido da amiga que se engraçou pela magricela da farmácia. É conhecida na firma pelo ringtone e por não dar moleza para o boy folgado, também ouvinte da rádio.

Eldorado – Público variado. Do estudante da USP que não tem TV em casa ao jornalista de economia que aos domingos almoça no Astor usando camisa pólo para dentro da calça. Mas a maioria ainda são mulheres de meia idade que usam o adjetivo “bárbaro” para descrever um disco de Yamandu Costa, um espetáculo teatral no Hotel Renaissance ou um curso de humanidades na Casa do Saber.

Kiss FM – Um homem de 42 anos que mora com a mãe num sobrado da Vila Mariana. Careca, gordo e com tatuagens que cobrem as panturrilhas, trabalha como diagramador em alguma publicação segmentada de repercussão não muito animadora. Eventualmente, passa as tardes de sábado bebendo cerveja quente de lata na Teodoro Sampaio.

107.3 e 106.3 – O primeiro tem certeza de que é o mais inteligente, enquanto o segundo enxerga vantagens objetivas em fazer parte de um grupo mais numeroso. De qualquer forma, ambos concordam que: 1) há cursos de alto nível na Uniban, na Uninove, na Anhembi Morumbi e nas escolas de inglês cujo slogan é “chega de embromation”; 2) o que a crítica dos anos 1980 chamava de “projeto ético”, referindo-se à recusa dos integrantes do Ira em vestir um gorro de Papai Noel no programa do Chacrinha, hoje se aplica à discografia do Charlie Brown Jr. e do CPM 22.

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Concorda com as definições dos públicos?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

A derrota do bom senso

Sou daqueles que acha que o humor não tem limites. Usando o bom senso, dá pra falar sobre qualquer assunto num programa de humor, seja no rádio ou na TV. Até religião.

Desde 2001 tenho o meu espaço semanal numa web-rádio para falar minhas meia-dúzia de besteiras e críticas bem humoradas. Faço o que chamo de "humor família". O programa pode ser ouvido por qualquer pessoa, junto com a família... sem sustos, vergonha alheia ou necessidade de tampar o ouvido dos mais novos.

Minha principal referência é o programa Pânico, da Jovem Pan, que ouço há cerca de 10 anos. Mas raras vezes ouvi o bom senso ser tão mal tratado quanto hoje, numa fala só, proferida por Christian Pior (ou Evandro Santo, sua persona física). O entrevistado era Marcelo Rezende, jornalista que é referência quando se fala em jornalismo policial e investigativo. A pauta era o já tão explorado "caso Isabella".

Nada contra o Pânico abordar assuntos sérios. Um programa de humor não vive somente de graça 365 dias por ano. É muito interessante quando o clima é quebrado dessa maneira, tratando um assunto sério num lugar e numa hora em que essa não é a atitude de praxe.

Rezende fala de um desdobramento do caso quando Amanda diz: "Que medo!". Evandro (ou Christian) emendou: "É legal... parece Agatha Christie!".

Não, senhor Christian Pior (ou Evandro Santo). Não é Agatha Christie. É a realidade. Aconteceu com uma criança, que, de repente, poderia até gostar do seu personagem e assistir ao programa do qual participa na TV. Aconteceu, de verdade, com uma família. Com certeza, por mais realistas que pareçam as páginas de Agatha Christie, nelas não existe tanta dor e sofrimento como existe na vida real dessa família. Independente da verdade, que deve aparecer em breve, aposto que não existe uma pessoa sequer, envolvida ou não, que não esteja sofrendo.

Já basta a falta de bom senso presente na mídia. A Band e o UOL colocaram à disposição do telespectador e internauta imagens da família andando em um supermercado momentos antes da tragédia. O que isso tem a acrescentar ao caso? Isso é tão desnecessário quanto mórbido. Uma mistura de CSI e BBB. É sigla demais pra minha cabeça...

Marcelo Rezende no Pânico

Corra, que ainda dá tempo. Marcelo Rezende está no programa Pânico , da Rede Jovem Pan Sat, falando do Caso Isabella. Já que não se fala em outra coisa nesse País, o negócio é pelo menos entender o que se passa.

Aqui vai uma crítica e um elogio: carcada na TV aberta, sobretudo as grandes redes já estão dando nos testículos, já que falam do assunto o tempo todo. Se bobear, vira outro "Caso Escola-Base", de triste memória. É bom maneirar na cobertura.

E agora, o elogio: à Bandeirantes, à Band News, à Jovem Pan, à CBN e as demais emissoras deste segmento jornalístico, que fizeram a cobertura deste caso proporcional à importância que este assunto merece. È um caso de comoção nacional? Sim, é. Chama a atenção e intriga à todos? Sim, chama a atenção. Mas o leitor e o ouvinte há de convir que infelizmente é mais um caso policial que acontece numa grande cidade e só. Eu também estou curioso em saber quem foi que fez esta atrocidade de matar a menininha. Mas há outras coisas que a Imprensa nos precisa informar, ainda mais num país em que há muita coisa a se resolver. Portanto, acho que o radiojornalismo sério praticado pela maioria das grandes emissoras está de parabéns e o pessoal do jornalismo da tevê das grandes redes precisam se tocar, deixar a família da garotinha em paz e permitir que a polícia trabalhe sossegadamente para cumprir com o seu dever.

De resto, boa audição, até porque o Marcelo Rezende é um dos repórteres investigativos mais competentes que conheço e ele não entra em conversa furada.

http://www.paniconainterne.com.br/aovivo.php

Pedro Ernesto continua o mesmo e diz que Juventude destroçou o Grêmio

Vento que venta de lá, venta de cá. Pedro Ernersto Dernardin, locutor esportivo da Rádio Gaúcha, chamou a atenção da mídia paulistana e atraiu a ira da torcida sãopaulina durante as finais da Copa Libertadores de 2006, entre São Paulo e Internacional. Num dos gols do colorado, ele disse, entre outras coisas, que o clube gaúcho estaria "rasgando a camisa" do São Paulo. Tais declarações renderam polêmica. Muitos falaram em desrespeito, incitação à violência e bairrismo.

Passados quase dois anos, Pedro Ernesto não mudou seu jeito de narrar e continua usando terminologias no mesmo estilo. No entanto, a "vítima" da vez não foi um time de outro estado, mas da própria cidade de Porto Alegre. Durante a peleja classificatória para as semi-finais do Gaúchão entre Grêmio e Juventude, que terminou com a vitória dos visitantes (3 a 2), ele declarou ao microfone da Gaúcha coisas como "Thiago (o autor do gol) destroça o time do Grêmio" ou "O Juventude está destroçando o Grêmio, está amassando o Grêmio, está fazendo o que quer com o Grêmio". Ouça (e veja) na montagem abaixo.

domingo, 6 de abril de 2008

Onde você estava em 1977?

O Rodney colocou abaixo o trecho de um livro e eu, coincidentemente, estava preparando esse tipo de material para colocar aqui também.

Na pesquisa que estou realizando para fazer o meu TCC, tenho de ler alguns livros que conceituam o que é lazer e discorrem sobre políticas públicas e privadas de educação.

Terminei hoje o "Lazer e Educação Permanente: Tempos, Espaços, Políticas e Atividades de Educação Permanente e do Lazer", do historiador e filósofo italiano Ettore Gelpi. No capítulo em que ele apresenta um estudo sobre como o brasileiro ocupa o seu tempo de lazer, achei algumas informações que se referem ao ano de 1977:

Em relação às formas correntes da cultura que, com muita propriedade, se denomina cultura urbana, o cinema é uma das formas de lazer mais procurada, mesmo em se tratando das classes menos favorecidas. O Brasil produziu em 1977, 73 filmes de longa metragem e, em contrapartida, importou 421: 35,9% da Itália, 26,6 dos Estados Unidos, 9,5 % da França, 8,8% da Inglaterra, 3,3% do Japão, 1,7% da Alemanha e 14,2% de outros países. O cinema faz do Brasil um dos maiores mercados do mundo não só em razão da densidade de sua população, mas também pela preferência do gosto popular. Existiam em 1977, 3.156 salas de projeção, perfazendo um total de 17.328 lugares, com um total anual de 208.300.00 de ingressos vendidos. Existiam ainda, 17 cinemas drive-in e 22 ambulantes, o que representa em seu total 15,7 assentos para cada 1.000 habitantes. O teatro, ao contrário, sempre foi considerado uma atividade intelectual; além disso, o preço inacessível dos ingressos é outro fator que contribui para a sua não-popularização ou não-popularidade. Já o rádio, por seu preço acessível e pela ausência de sofisticação técnica, é ainda o veículo de maior penetração e o mais democrático dos meios de difusão e de união cultural entre os centros rurais e urbanos. Em 1977, havia 128 receptores para cada 1.000 habitantes. A influência da televisão é também marcante no lazer brasileiro, porém, mais nas zonas urbanas do que rurais; contavam-se nesse mesmo ano de 1977, 98 aparelhos de televisão para cada 1.000 habitantes, 60% dos quais estavam concentrados em São Paulo, no Rio de Janeiro e nas demais capitais.

Quanta coisa mudou, não?

Saber que em 1977 o cinema italiano dominava as salas brasileiras com 151 filmes (!!) contra 111 dos Estados Unidos e 73 brasileiros foi uma surpresa.

Deixo os comentários e os pensamentos mais aprofundados para os conhecedores da causa. A única coisa que sei desse período do cinema brasileiro é que despontava a pornochanchada. Em 1977 estava em produção um dos maiores clássicos do gênero, "O Bem Dotado, O Homem de Itu", com Nuno Leal Maia e Consuelo Leandro.

Confira aqui uma entrevista bastante direta sobre o filme e o movimento, entre outras coisas, com o próprio Nuno, publicada na revista VIP.

Já em relação ao rádio, percebemos que a TV já aparecia como forte rival na preferência popular. Já sabemos quem ganha essa briga, poucos anos depois...

Bons tempos aqueles...

Em 1958, logo após terem sido anunciados os adversários do Brasil na primeira etapa da Copa da Suécia, Inglaterra e União Soviética, que estavam em nossa chave, tinham um amistoso marcado para o estádio Lênin, em Moscou. Seria uma oportunidade interessante para sabermos o estágio em que estava o futebol desses países.

Naquele tempo não havia televisão, e o rádio corria o mundo em transmissões memoráveis. A Rádio Bandeirantes resolveu transmitir o evento, e para lá embarcou o grande locutor Pedro Luís. A Panamericana, que era a principal concorrente da Bandeirantes, deslocou para a capital soviética o comentarista Paulo Planet Buarque, hoje ministro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Mas só havia condições para uma transmissão, e a Bandeirantes se adiantara na solicitação da reserva. Acontece que Pedro Luís atrasou-se na viagem, e Planet chegou primeiro. Sentou-se na posição e quando Pedro chegou já com o jogo em andamento, quase que se agrediram para esclarecer a situação.

É verdade que a transmissão de Planet não entrara no ar, pois a chegada da mesma acontecia nos estúdios da Bandeirantes, que a tinha solicitado com antecedência. Esclarecida a incômoda situação, Pedro começou a transmitir. Mas havia chegado em cima da horae não teve tempo para nenhuma providência. Tinha apenas as duas escalações. Um time branco, outro vermelho. É claro que os soviéticos deveriam ser os vermelhos. E Pedro mandou brasa. Só ao final do primeiro tempo é que identificou o atarracado Billy Wright, o capitão inglês, que estava de uniforme vermelho. Como todo seu time. Os russos eram os brancos. Para sua sorte, o jogo estava 0 a 0. Foi ele mesmo que me contou.


Trecho do livro O Rádio, o Futebol e a Vida, de Flávio Araújo, grande narrador das rádios Bandeirantes e Gazeta, e lançado pela Editora Senac.


Comentário: Bons tempos aqueles em que as emissoras de rádio brigavam para transmitir as partidas de futebol in loco. Hoje, elas brigam para não ir e fazer tudo dos estúdios, naqueles famosos esquemas chamados de "tubão" ou "geladão".

Podcast Outra Versão #29

Opa. Na área novamente, com as versões:

Señor Coconut - Beat It
Steve Miller Band - The Joker
Yardbirds - Hang On Sloopy




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Até semana que vem...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Rádio Capital homenageia Carlos Alberto, capitão do Tri em 1970

Carlos Alberto Torres, o zagueiro capitão da seleção brasileira tricampeã mundial em 1950, no México, será a atração da Homenagem ao Artista da Bola, sábado, dia 5 de abril, a partir das 14 horas, na Rádio Capital AM, de São Paulo. O programa será reprisado no domingo, durante a jornada esportiva. Carlos Alberto, que também defendeu o Santos dos tempos de Pelé, e o Fluminense, mora no Rio de Janeiro e trabalha como técnico de futebol.

Ele vai dar entrevista à Rádio Capital e ser homenageado por esportistas e artistas. Produção de Bruno Filho, com a participação da equipe de Esportes 1040: os narradores Ivo Morganti e Fausto César, os comentaristas Dalmo Pessoa e Alfredo Loebling e os repórteres Valmir Jorge, Rafael Esgrilis e Bruno Bernardi. Participação especial de Roberto Avallone, que também apresenta diariamente, na Capital, o programa “No Pique”, das 18 às 19 horas. Neste ano do Jubileu de Ouro do título de 1958, serão relembrados vários outros craques que ajudaram o Brasil a ser campeão mundial cinco vezes.

A Rádio Capital tendo como coordenador de jornalismo Luiz Carlos Ramos pode ser sintonizada em 1040 kHz AM ou, pela internet, no site www.radiocapital.am.br



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Comentário: Boa essa iniciativa da Rádio Capital de se resgatar a história das conquistas brasileiras em Copas, especialmente as mais antigas. Tomara que os jogadores que defendem atualmente a seleção possam acompanhar essa série de entrevistas e, com isso, conhecer um pouco mais do esporte que praticam e, com isso, evitar o vexame que deram em plena comemoração do cinquentenário do título de 1958. Nos dias que antecederam o recente amistoso contra a Suécia, muitos atletas não tinham idéia do que representava aquela partida.

São Carlos aprende sobre a história do rádio

Composta por painéis didáticos e aparelhos antigos de rádio, a exposição apresenta um panorama dos mais de 80 anos da história do rádio no Brasil, destacando alguns de seus momentos mais marcantes e o papel educativo e cultural do veículo.

Histórias do Rádio no Brasil
17/04 a 11/05.
Terça a sexta, 13h30 às 21h30; Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h

SESC São Carlos
Avenida Comendador Alfredo Maffei, 700
Jardim Gibertoni
São Carlos - SP
telefone: 16 3373-2333

terça-feira, 1 de abril de 2008

Rádio Capital esclarece

Ilana Alves voltou à condção de repórter na Rádio Capital, ápós um breve período no comando do Verdade Capital 1040 - 2.ª Edição. Seu desempenho foi tecnicamente aprovado pela direção da Rádio Capital. No entanto, devido a uma questão trabalhista, ela deve aguardar um período de três meses para assumir em definitivo as funções de apresentadora. Ivo Morganti, por enquanto, segue sozinho ancorando o jornalístico.